Câncer de placenta: nova pesquisa, liderada por pesquisador da UFRJ, impacta tratamento
02/07/2021

Artigo publicado na revista Lancet Oncology confirma a eficácia do tratamento menos agressivo contra o câncer na placenta. O estudo foi liderado pelo pesquisador Antonio Rodrigues Braga Neto, que coordena estudos sobre a doença trofoblástica gestacional (DTG) na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense (UFF). O trabalho, produzido em parceria com o Imperial College of London e a Harvard Medical School, foi publicado na última sexta-feira, 25 de junho.

"A partir de relatos de mulheres que se recusaram a realizar o tratamento mais agressivo, passamos a investigar alternativas para o tratamento do câncer da placenta e, por meio desse estudo, confirmamos que é possível utilizar apenas um medicamento para as sessões de quimioterapia em casos de escore de risco da Figo [Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia] 5 e 6", explica Braga. De acordo com o pesquisador, isso significa uma diminuição dos efeitos colaterais como enjôos e quedas de cabelo e até mesmo o desenvolvimento de tumores na vida futura dessas pacientes. O tocoginecologista acrescenta que a DTG é plenamente curável, mesmo nos casos mais graves, desde que seja feito o diagnóstico precoce e o tratamento ocorra em Centros de Referência.

A DTG é uma doença rara. A cada ano surgem 20 mil novos casos ao redor do globo e, por esse motivo, torna-se difícil realizar estudos randomizados de pesquisa clínica. O trabalho recém publicado consistiu em um estudo retrospectivo que incluiu pacientes atendidas nos três centros de referência entre 1964 a 2018: os hospitais escola do Imperial College of London (Charing Cross Hospital); da Harvard Medical School (Brigham and Women’s Hospital) e da UFRJ (Maternidade Escola).

Clique aqui para mais informações e para ler a notícia na íntegra

Fonte: Site FAPERJ (Adaptada)