Representantes do Museu Nacional (MN) da UFRJ anunciaram o recebimento de um presente especial no mês de aniversário de 203 anos da instituição: uma coleção de 27 peças greco-romanas, datadas entre 550 a.C. e 550 d.C. Doada pelo ex-ministro das Relações Exteriores Fernando Cacciatore de Garcia, a coleção é avaliada em mais de R$ 1 milhão. O Museu também ganhará a conclusão das obras de cobertura do bloco do 1 e a recuperação do Jardim das Princesas e da fachada, segundo informou a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Denise Pires de Carvalho.
De acordo com Carvalho, apesar da pandemia, tudo está acontecendo dentro do cronograma previsto para que em breve o Museu Nacional receba os visitantes e se transforme em referência internacional. “Em conjunto com toda a comunidade da UFRJ e os parceiros nacionais e internacionais, temos a certeza de que vamos reconstruir e devolver o nosso mais antigo museu de história natural à sociedade”, aponta a reitora.
Para o diretor do MN, Alexander Kellner, um dos maiores desafios atuais da instituição é a recomposição de seus acervos. “Por isso, temos a alegria de anunciar o recebimento de uma coleção greco-romana bastante significativa, que vai enriquecer a futura exposição de longa duração do Museu e contribuir com pesquisas científicas na área”, comemora.
Segundo o arqueólogo Pedro Von Seehausen, que integra a equipe do MN, a coleção que foi doada tem enorme relevância geográfica e cronológica, pois, embora pequena, abrange os períodos arcaico, clássico, helenístico e romano, revelando a diversidade dos costumes cotidianos da região mediterrânea e da religião greco-romana. O destaque da coleção é uma peça do jovem deus grego Dionísio − ou Baco, para os romanos −, uma das mais importantes divindades, relacionada à fertilidade e libido. “A coleção vai se somar às peças da coleção que pertencia à imperatriz Tereza Cristina, que foram possíveis de recuperar do incêndio, e dá novas possibilidades de se abordar e estudar o mundo antigo. Tanto o imperador (Pedro II) quanto a imperatriz estariam contentes de ter as peças no acervo do MN.”
A reconstrução do Museu também avança. Em julho, serão finalizados os trabalhos de higienização e proteção dos bens integrados do Paço de São Cristóvão e do Jardim das Princesas. Em agosto, terão início as obras nas fachadas e coberturas do histórico Bloco 1 do Paço. Ainda no segundo semestre deste ano, começam as obras nos jardins históricos e o desenvolvimento do projeto de museografia. Em novembro, termina a reforma da Biblioteca Central do Museu Nacional, uma das mais importantes do Brasil, com um acervo de 500 mil livros, sendo 1.500 peças raras.
Clique aqui para ver a notícia na íntegra
Cliqueaqui para ler a reportagem publicada pela FAPERJ
Fonte: Site Conexão UFRJ (Adaptada)
Atualizada em 15/06/2021