Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) organizou reunião, em 12 e 13 de janeiro, para avaliar trabalho e planejar ações no próximo quadriênio.
No primeiro dia de trabalhos, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso, manifestou seu apoio à iniciativa e destacou a importância de garantir total liberdade à pesquisa científica. "Temos de garantir a autonomia dos pesquisadores em nosso estado, mas ao mesmo tempo criar as condições para que as universidades se transformem numa estrutura capaz de pensar o desenvolvimento do Rio de Janeiro", disse.
Cardoso acrescentou que é dever da Faperj o financiamento da pesquisa em temas prioritários para o desenvolvimento econômico e social do estado do Rio: "É preciso sensibilizar as instituições de ensino e pesquisa fluminenses para que trabalhem para diminuir o fosso entre os que têm e os que não têm".
Durante os dois dias, cada um dos assessores responsáveis pelos diversos programas mantidos pela fundação teve a oportunidade de fazer uma apresentação sobre o que foi realizado ao longo do último quadriênio, com ênfase nos anos de 2009 e 2010. O objetivo central foi o de identificar as eventuais dificuldades para garantir a mais ampla difusão e alcance dessas atividades, debatendo sugestões para aprimorá-las, bem como o lançamento de novas ações visando ao fomento à pesquisa.
O diretor-presidente da Faperj, Ruy Garcia Marques, ao fazer um breve balanço sobre as atividades no primeiro dia de reunião, disse que estava seguro de que todas as áreas do conhecimento haviam sido contempladas ao longo do período 2007-2010, e destacou dois programas de amplo alcance que considerou "importantes" para estimular a pesquisa, ambos voltados para questões estratégicas no Estado: o Pensa Rio e o Prioridade Rio. Os dois programas, juntos, somaram R$ 85 milhões em recursos, cada um deles com duas edições, contemplando cerca de 380 propostas.
Além de novas edições de programas importantes que, tradicionalmente, já fazem parte da política de fomento da fundação, como o Cientista do Nosso Estado, Apoio às Universidades Estaduais, Apoio às demais Instituições Sediadas no Estado, Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia e Apoio à Melhoria do Ensino nas Escolas Públicas, o grupo de diretores e assessores apoiou proposta encaminhada pela diretoria de que a Faperj lance, ainda no primeiro semestre de 2011, um edital voltado para temas ligados à cidadania, destinado a pesquisas que visem ao desenvolvimento de um ambiente social capaz de proporcionar melhores garantias individuais e coletivas à população fluminense.
No segundo dia de atividades, parte da programação foi dedicada à revisão do Manual de Auxílios e Bolsas da fundação, que deverá ganhar uma nova versão - digital e impressa - ainda no primeiro semestre. A diretoria também prepara um novo relatório sobre as atividades desenvolvidas, desta vez, enfocando o biênio 2009-2010 - a exemplo do que foi lançado em 2009, contemplando o biênio 2007-2008.
As reuniões de planejamento são realizadas, anualmente, desde 2007. Ruy Marques considera "indispensável" que elas aconteçam: "Temos procurado realizar essas reuniões fora do ambiente da Faperj, visando ao melhor aproveitamento do tempo. Usualmente, temos utilizado dois dias e, muito frequentemente, eles ainda são insuficientes, mas servem para uma reflexão mais ampla do que foi realizado, identificando-se pontos positivos e negativos, e, a partir daí, partir-se para o planejamento das próximas ações a serem implementadas. Contudo, essa avaliação e planejamento são dinâmicos, ou seja, fazemos isso no dia a dia, não há como não ser assim", disse.
(Boletim On-line da Faperj)