Um tiranossauro no Museu Nacional
17/12/2010

Museu Nacional/UFRJ exibe a partir desta sexta-feira (17/12) um T-Rex de 65 milhões de anos.

Famoso por suas aparições em filmes de Spielberg, o temido T-Rex desembarcou na Quinta da Boa Vista. A partir de 17 de dezembro, o Museu Nacional/UFRJ apresenta a exposição "Um Tiranossauro no Museu", que exibirá o crânio de quase três metros deste carnívoro que viveu há 65 milhões de anos e que povoa a imaginação popular como o mais temido dos dinossauros. O crânio que será exibido é considerado o mais completo já encontrado no mundo.

A exposição ganhou como "padrinho" o ator Stenio Garcia. Isso porque o nome do exemplar adquirido pelo museu é STAN e a equipe de Paleontólogos logo criou um mascote chamado Stenio. O ator topou a brincadeira e 'adotou' o simpático personagem, voltado para o púbico infantil que visita o museu.

Além do crânio, serão exibidos uma reconstituição em escala do T-rex em vida, ilustrações e outros animais que viveram no mesmo período. Para a curadora da mostra, a paleontóloga Luciana Carvalho, esta exposição atende a um pedido antigo do público: "os visitantes encontravam no Museu Nacional várias espécies de dinossauros e sempre nos perguntavam quando exibiríamos aqui um tiranossauro. O momento chegou e esperamos alcançar o número de 100 mil visitantes com a exposição".

O STAN é uma réplica e seu original está depositado no Black Hills Museum of Natural History, Dakota do Sul, nos Estados Unidos, região onde foi encontrado em 1987. Este tipo de reconstituição é muito cara e exige o trabalho de profissionais especializados. É a primeira vez que um museu brasileiro adquire e exibe ao público um exemplar como este.

Os tiranossauros viveram há cerca de 65 milhões de anos, durante o período Cretáceo, e são conhecidos como os maiores carnívoros terrestres de todos os tempos. Encontrados, em sua maior parte, na América do Norte, eles chegavam a medir seis metros de altura e quinze de comprimento. Seus dentes podiam medir até trinta centímetros e eram capazes de estraçalhar, com facilidade, carne e ossos de suas presas.

Várias instituições científicas no mundo possuem a réplica do STAN em suas coleções, como é o caso do Smithsonian Institute, nos Estados Unidos, do National Science Museum, no Japão, e da University at Oxford, na Inglaterra.

A aquisição dessa réplica foi feita pela Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN) em 2009 em um investimento de mais de nove mil dólares. A peça foi então doada ao Museu Nacional para ser tombada na Coleção de Paleovertebrados.

Depois de mais de 30 mil horas de preparação, os ossos do STAN revelaram numerosos ferimentos como quebras nas vértebras do pescoço e nas costelas, e perfurações no crânio e nas maxilas. Uma possível explicação seria o resultado de mordidas de um outro Tiranossauro rex durante disputas por território ou alimento. Estas e outras curiosidades estarão a disposição do público que vier conhecer este gigante da pré-história.

A visitação está aberta de terça a domingo, das 10 às 16h. Entrada: R$ 3,00. Grátis para crianças até 5 anos e pessoas acima de 60.

(Assessoria de Imprensa do Museu Nacional/UFRJ)