Pesquisadores da UFRJ pertencentes ao Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19 no campus Macaé analisaram os casos de infecção acumulados, dia a dia, até 15/5, para Macaé e Rio das Ostras. Eles notaram uma redução na velocidade de propagação da doença em ambas as cidades, embora o número básico de reprodução (efetivo – Rt), que mede a capacidade do vírus em se propagar entre as pessoas depois de iniciada a transmissão comunitária, ainda esteja elevado.
Nessas cidades, em média, uma pessoa infectada consegue transmitir a doença para outras duas. A consequência direta desse elevado valor de Rt é a possibilidade de mais de mil casos em Macaé e mais de 400 em Rio das Ostras antes do final de maio. Para se ter uma ideia, a fim de que o crescimento do número de casos estacione, é necessário que o Rt caia para 1,0 – situação que pode ser atingida se aplicadas políticas de isolamento social, por exemplo.
O número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) utilizadas pode chegar a 50 e 20 leitos simultâneos nos dois municípios, respectivamente. No entanto, levando-se em conta a provável subnotificação de casos, tais números podem ser, pelo menos, dez vezes maiores. Assim, as políticas de redução de contágio devem ser reforçadas em ambas as cidades, considerando que os efeitos da mitigação seriam vistos, aproximadamente, 14 dias depois.
O trabalho completo pode ser acessado aqui.
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Fonte: Site UFRJ (Adaptada)