Estudo brasileiro explica a relação da isquemia renal com alterações no ritmo cardíaco
01/07/2019

As arritmias cardíacas são complicações frequentemente associadas a quadros de pacientes com isquemia renal. Esta ocorre quando há deficiência ou ausência de suprimento sanguíneo e, consequentemente, de oxigênio, neste órgão, como nos casos de transplante renal, por exemplo. Analisando mais a fundo essa associação, um grupo de pesquisadores do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ), em parceria com a Universidade Federal do ABC (UFABC), de São Paulo, desvendaram o mecanismo responsável pelo desencadeamento das irregularidades no ritmo do coração em pacientes com danos renais dessa natureza. Eles descobriram que a proteína interleucina 1-beta (IL-1β), sintetizada – isto é, fabricada – principalmente por células do sistema imune, tem um papel “chave” nesse processo. O estudo resultou na publicação de um artigo (confira a íntegra do texto aqui) que ganhou a capa do mês de junho do Journal of Molecular and Cellular Cardiology, revista especializada publicada pela Sociedade Internacional de Pesquisa do Coração (a International Society for Heart Research), que tem sede nos Estados Unidos, e considerada nível A1 – o mais alto – pelo Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), sistema que faz a classificação da produção científica dos programas de pós-graduação brasileiros. “A importância da pesquisa é que fomos capazes de descrever a molécula proteica que consegue gerar alterações no ritmo do coração após um dano renal agudo. Essa proteína é liberada no sangue após a isquemia renal e gera alterações estruturais e bioquímicas no coração que levam a alterações no ritmo cardíaco. Ela altera vias de sinalização, que são os caminhos bioquímicos que têm o objetivo de manter as funções do coração”, explicou o médico e professor Emiliano Horacio Medei, diretor do Laboratório de Cardioimunologia, do IBCCF/UFRJ, e coordenador da pesquisa, ao lado da professora Marcela Sorelli Carneiro-Ramos, da UFABC.

Fonte da notícia: Site FAPERJ (Adaptada)

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